A visita à Dinamarca não estava nos planos iniciais mas sendo que tive mais uns dias de férias decidi incluir mais uma capital à viagem.
De que forma cheguei à Dinamarca?
Mas um clássico de autocarro com a companhia Flixbus, se ainda não deu para perceber eu sou grande fã deste conceito. Os autocarros são bons e o preço é espetacular. Tive sempre boas experiências apesar desta última viagem ter sido a mais complicada, o autocarro vinha completamente cheio e foi impossível ocupar mais do que um lugar. Normalmente os autocarros não têm lotação esgotada e dá para esticar a perninha para um lado ou para o outro. Esta foi uma viagem de 9 horas com partida em Oslo e destino Copenhaga e teve o custo de 17 euros, saímos perto das 23h e chegámos perto das 8 da manhã.
Copenhaga
Chegámos a Copenhaga a meio gás, tínhamos já 10 dias de viagem, uma trilha de quase 30 km e uma noite passada no autocarro. Primeiro sinal de que estávamos no fantástico mundo das bicicletas foi logo quando pusemos o pézinho fora do autocarro, tivemos segundos para recolher a mala e sair da zona destinada às bicicletas, como chegámos bem cedo apanhámos a hora de que está toda a gente a ir para o trabalho.
Eu acho maravilhoso toda a rotina ser apoiada na bicicleta, não interessa se são chefes de grande empresas com os seus fatos perfeitamente engomados ou se são o senhor que está a construir algum edifício, todos vão de bicicleta. E para não falar de toda a logística que existe nas bicicletas e que facilita o transporte de crianças e objectos.
Como é possível de imaginar, como chegámos tão cedo não era possível fazer o check-in no hostel mas decidimos tentar a sorte, nunca se sabe. Depois de quase um 1km e meio com as malas às costas encontramos o hostel e obviamente o esperado confirmou-se, nada de check-in. No entanto, o hostel era maravilhoso e tínhamos uns sofás prontinhos para receberem os nossos corpos já adormecidos de cansaço. Nesse mesmo dia Portugal jogou contra Marrocos e por coincidência foi lá que a comunidade portuguesa se juntou para ver o jogo, em 5 minutos estávamos a falar em português e a torcer juntos pela nossa pátria.
Nesse dia, já depois do check-in feito pusemos as malas no quarto e saímos para um pequeno passeio, fomos até à estátua da pequena sereia, o famoso cartão de visita da cidade. Muita gente e uma estátua bem mais pequena do que eu imaginei, vale o passeio até lá que é feito junto à água. Ainda passámos pela Amalienborg, famosa praça octogonal onde está a residência da Família Real dinamarquesa e claro, pela zona mais conhecida desta cidade, o bairro Nyhavn, que comporta o o famoso porto dos barcos históricos e as casas coloridas. É realmente um sítio cheio de cor e turistas, esta é uma das zonas mais caras da cidade, a nível de restaurantes.
É também daqui que saem os barcos que fazem os passeios pelos canais de Copenhaga, não tivemos a oportunidade de fazer mas penso que vale a pena e os valores são justos (duram uma hora e meia e têm um custo de 8 euros, a empresa que tem os preços mais acessíveis é a Netto-Badene).
Nyhavn ficava a 10 minutos do nosso hostel por isso depois deste pequeno passeio foi hora de voltar à base para descansar. Passámos no supermercado para comer qualquer coisa e fomos dormir bem cedo.
No segundo dia, já frescas que nem uma alface, delineamos os lugares a visitar e fizemo-nos ao caminho. Visitámos o famoso bairro Christiania, fica um pouco mais longe do centro da cidade e é conhecido por ser hippie e “autogovernado” em tempos. Sem leis, colorido e livre. É realmente um bairro diferente de toda a cidade, não nos sentimos em perigo mas por aquela zona é habitual existir droga. No entanto, quando andávamos por lá também um grupo grande de policias andava a rondar a zona.
Passeamos pela zona das lojas, que ficava muito perto do hostel, avenida Strøget, e onde é possível encontrar vários artistas de rua e lojas de todas a marcas. Subimos à torre do Palácio de Christianborg, esperámos um pouco mas valeu a pena. Estava muito vento no topo mas a vista sobre a cidade é espetacular. A visita é grátis mas é feita uma forte revista a todos os que querem entrar ( e tem net grátis, para caso de fazer falta pesquisar algo sobre a cidade). Voltámos a visitar a zona do porto, Nyhavn, fale sempre a pena uma segunda olhadela.
Na altura tínhamos lido que para jovens com menos de 25 anos era possível entrar nos museus sem pagar, fomos cheias de confiança mas infelizmente essa opção já terminou há dois anos e decidimos abortar a ideia. O dinheiro não estica. Nesse segundo dia optámos por almoçar no hostel, que possui um bom restaurante e com preços acessíveis, e jantámos a clássica comidinha do supermercado.
No terceiro e último dia, tivemos de fazer o check-out e pôr as malas no cacifo do hostel (10 euros) porque a próxima noite iria ser feita no chão/banco do aeroporto. Lembram-se quando disse que o dinheiro não estica, ah pois é, optámos por passar a última noite no aeroporto mas já lá iremos.
Durante o último dia fomos até ao parque de diversões Tivoli, é um dos mais antigos do mundo e lá dentro existe um pequeno mundo. A entrada custou 16 euros e não incluir nada, apenas a entrada, todas as viagens nos carroceis são pagas à parte ou também é possível comprar um passe que inclui a entrada e uma serie de voltinhas nas diversões.
Entrámos perto das 13h e naquele momento estava mesmo para começar um espetáculo de dança no palco ao ar livre, escolhemos o melhor lugar e ficámos por ali a ter um bom momento. Depois foi seguir a visita ao resto das atracções, são dezenas as diversões, lojas de lembranças e de comida. A nossa única despesa foi um waffle de bolhas com gelado e morangos (7 euros), um pequeno luxo que o tempo quente pedia. O parque está cheio de luzes e à noite é uma boa altura para ver todas atrações iluminadas mas para nós já se fazia tarde e rumamos ao hostel.
Ficámos o máximo de tempo que conseguimos nos sofás do hostel, os que nos tinham acolhido no primeiro dia, e perto da meia-noite apanhamos o metro com direcção ao aeroporto. A cidade é bastante segura por isso não houve problema nenhum em sair a essa hora.
No aeroporto foi uma noite interessante, se assim o podemos dizer, pensámos que os terminais estavam distantes um do outro e como tínhamos voos diferentes optámos por ficar na zona da entrada para estarmos juntas mas depois percebemos que era tudo no mesmo sitio. No entanto, foi na entrada que passei a maior parte da noite, até as 6 da manhã, entre o chão e o um banco corrido que ficou livre. As noites em aeroporto são difíceis para as costas mas nada que não se faça, é bom quando se tenta poupar uns trocos, nesta noite poupei quase 30 euros de uma hostel. No último dia as refeições foram em restaurantes de fast-food (eu sei, faz mal mas é o mais económico), supermercado e o ligeiro luxo de pequeno-almoco no hostel (8 euros).
Copenhaga é uma viagem incrível, tenho a certeza que vale a pena uma voltinha de bicicleta e de barco. Só é preciso entrar no espírito e entrar por todas as ruas coloridas.
Custos
duração: 3 dias (2 noites hostel e 1 noite aeroporto)
altura do ano: Junho 2018
chegada: Autocarro Flixbus ( Oslo – Copenhaga)
saída: avião para Portugal ( não incluído nos custos)
alimentação: 31 euros
transportes (ir e por lá): 20 euros (Flixbus de Oslo e metro para aeroporto)
alojamento: 63 euros (2 noites hostel em dormitório com 6 camas)
tivoli e outras despesas: 24 euros
Total gasto: +- 138 euros
Consultar todas as despesas da Escandinávia Trip, aqui.
Saber mais sobre a:
Viagem pela Suécia
Viagem pela Noruega
Trilha Trolltunga
todas as despesas da viagem pela Escandinávia
No Comments